POR ROBERTA ZÜGE; DIRETORA ADMINISTRATIVA DO CONSELHO CIENTÍFICO AGRO SUSTENTÁVEL (CCAS); DIRETORA DE INTELIGÊNCIA CIENTÍFICA MILK.WIKI; MÉDICA VETERINÁRIA DOUTORA PELA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FMVZ/USP); SÓCIA DA CERES QUALIDADE
Estamos vivendo um cenário de incertezas, fomentado por uma criatura invisível que causa estragos no mundo todo. Especialistas preveem que muitas coisas irão mudar após a passagem deste tornado viral, começando com mudanças de comportamento de higiene e até a valorização da ciência, além dos impactos econômicos. Amplamente divulgado, o vilão do momento é o Coronavírus. Este é um grande vírus que causa infecções respiratórias, de modo geral, de leves a moderadas, em seres humanos. Os sintomas mais comuns são os de um resfriado: febre, tosse seca e dificuldade de respiração. Este novo Coronavírus também pode causar dor de garganta, corrimento nasal, dores de cabeça e/ou musculares e cansaço. Algumas espécies deste vírus, podem ocasionar pneumonia em idosos e pessoas com problemas cardiovasculares ou com o sistema imunológico comprometido. Há variedades que acometem os animais, mas com sintomas diferentes, pois são microrganismos de gênero e espécies distintas. Como sempre, muitas falsas notícias ganham repercussão e precisam ser exaustivamente desmentidas pelos especialistas, começando com a eficácia do vinagre ser melhor que o álcool 70°, chegando até no absurdo que buscarem utilizar vacinas para animais nos humanos. No entanto, uma certeza existe: deve-se prevenir e mitigar o máximo de contato para evitar a transmissão. As cidades estão parando, mas como parar a produção de alimentos? O produtor precisa continuar produzindo, caso contrário, a sociedade não se alimenta. Novamente, a produção agropecuária vai diminuir os impactos no cenário econômico brasileiro. No entanto, o produtor precisa se cuidar também. Afinal, ele não está imune.